sábado, 30 de junho de 2012

Se um dia formos a minoria - Leia é interessante
               Autor: desconhecido. Recebido pela Internet.

Volta e meia nos perguntam a respeito de uma suposta grande perda de
fiéis por parte da Igreja Católica.
Essa perda existe mesmo? Devemos nos preocupar com isso? Por quê?
Poucas semanas após ser eleito Papa (abril/2005), numa de suas
primeiras aparições públicas, Bento XVI ouviu de um jornalista a
seguinte pergunta: “O senhor está preocupado com a perda de fiéis pela
Igreja nos últimos anos?”. Consta que o Sumo Pontífice encarou seu
interlocutor com firmeza e respondeu calmamente: “A Igreja não perdeu
nenhum fiel. Aqueles que se foram nunca foram fiéis católicos
realmente. Não se pode perder o que nunca se teve. Os que deixaram a
Igreja eram indecisos, curiosos ou pessoas que estavam apenas
‘cumprindo uma obrigação’ passada por seus pais ou avós. Os que vêm e
vão não pertencem ao Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja na Terra.
Da mesma maneira, os que são católicos, mas ainda não estão na Igreja,
infalivelmente chegarão ou retornarão a ela no devido tempo. A Igreja,
Casa e Família de Deus, surgiu como um pequeno grupo; não importa a
quantidade, e sim a qualidade dos seus filhos, como cristãos
conscientes e santificados”.

_______A resposta causou admiração. Alguns entenderam a coerência na
resposta do Papa e passaram a admirá-lo a partir dali. É bem possível
também que outros tenham se escandalizado, imaginando que fora uma
afirmação presunçosa. Mas os verdadeiros católicos, – exatamente
aqueles a quem o Pontífice se referiu, – compreenderam bem e
perceberam, naquela ocasião, que este seria um grande Papa, um líder
enviado pela Providência Divina a um mundo complicado, num momento
delicado. João Paulo II era respeitado pelo mundo todo, até por
muçulmanos. Alguns esperavam que sua morte causaria um esmorecimento,
mas as Missas presididas por Bento XVI reúnem ainda mais fiéis que as
de João Paulo, segundo dados oficiais do Vaticano.
_______A afirmação de Bento XVI é realista. Podemos tomar um exemplo,
para efeito de comparação: imagine uma pessoa que visita a sua casa.
Essa pessoa pode frequentar a sua residência ou, por qualquer motivo,
até morar nela por algum tempo; mas depois retoma o seu próprio
caminho e se vai. Essa pessoa, por ter frequentado a sua casa, faz
parte da sua família? Basta estar junto a uma família para fazer parte
dela? Não.
_______São muitos os que frequentam a Igreja por algum tempo:
“assistem” às Missas e até ajudam em algum grupo ou pastoral. Depois
se indispõem com o padre ou com algum membro da comunidade e vão
embora sem olhar para trás. Não era por Cristo que estavam ali.
Estavam ao lado das pessoas, mas não estavam verdadeiramente unidas a
essas pessoas, e muito menos a Deus. Não eram irmãos, nem amigos; eram
“conhecidos”. Quando um conhecido se sente contrariado, ele se vai,
porque não há ligação. Entre verdadeiros irmãos é diferente.
Principalmente quando são irmãos não por laços de sangue, mas de alma.
Irmãos porque comungam da mesma fé, da mesma história, porque creem no
mesmo Deus e nos mesmos valores, têm uma mesma missão e compartilham
dos mesmos princípios. Caminham juntos e unidos, não para “agradar” um
ao outro, nem para “aparecer” ou se sociabilizar apenas, mas porque
creem em Algo Maior, que é seu Deus e Pai. Amam esse Deus e sabem que
Ele é a Fonte da Vida e de todas as Graças. Não abandonam sua casa por
nada.
_______Se alguém caminhou junto com o Povo de Deus por um tempo, mas
nunca comungou dessa União sagrada de fato, e de repente começa a
frequentar outra “igreja”, e logo passa a difamar a Igreja Católica,
este é um “fiel” que a Igreja “perdeu”? Não. São pessoas que nunca
aprofundaram sua fé, mas ao integrar outra comunidade são rápidos em
afirmar que “encontraram Jesus” por lá. Que bom seria se de fato
encontrassem Jesus, porque os verdadeiros católicos já o encontraram
há muito tempo.
_______Há um exemplo curioso num fórum de discussão evangélico da
internet. Um participante, autodenominado “Mehid”, deixa o seguinte
depoimento: “Meu vizinho dá testemunhos nas igrejas evangélicas, se
dizendo ‘ex-católico’, mas eu nunca o vi na igreja católica, em
celebração alguma! Vejo ‘crentes’ dizendo barbaridades, usando sempre
aquela afirmação: ‘quando eu era católico...’. Mas a minha tia assiste
ao programa da Igreja Mundial, e ela disse que muitas pessoas vão dar
testemunhos e citam outras igrejas evangélicas, justificando que não
se sentiam bem nelas, até entrar na Mundial, e aí tudo ficou lindo nas
suas vidas. Mas agora lá é proibido citar outras igrejas evangélicas,
porque as citadas começaram a reclamar. Só da católica pode falar”.
_______“Então, muitos dizem que saíram da Igreja Católica porque não
encontraram Jesus lá, mas eles entram numa igreja evangélica e depois
pulam para outra. Se entram numa igreja evangélica porque Jesus está
lá, por que saem dessa igreja e pulam para outras igrejas? Será que
Jesus pula de igreja em igreja, e as pessoas vão pulando com ele? Se a
errada é a católica, por que quando a pessoa ‘se converte’ fica
pulando de igreja, feito macaco sem galho?”.
_______Seria engraçado, se não fosse triste. Por isso, católicos, não
nos preocupemos: se um dia formos a minoria, seremos minoria com
Cristo.